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segunda-feira, fevereiro 23, 2004

Z A
(versão 508a - série "artes")

O Zeca Afonso não morreu! Nasceu mas nunca se deixou ficar... Maior que o pensamento

Elucubrários:

domingo, fevereiro 15, 2004

Dores do mundo


(versão 499a - série "artes")

por Jane Evelyn Atwood
(Fotografia da série Trop de peines: femmes en prison; 1993 - República Checa).
Não deixe de se confrontar com as tantas dores existentes na Cadeia da Relação do Porto. Como escreve Maria do Carmo Serén do Centro Português de Fotografia: "São imagens intoleravelmente reais e, Deus nos perdoe, intoleravelmente belas". Para subscrever na íntegra omitiria... Deus!
Por outro lado, o chileno Alfredo Jaar mostra-nos a dor desfotografada...
Até 14 de Março!


Elucubrários:

domingo, fevereiro 08, 2004

Fairy play


(versão 485a - série "desport")

Muito me apraz registar que após os acontecimentos trágicos - como o de viver neste plantado país à beira-mar que o ICEP diz também ser de brandos costumes -, a tribo do futebol, pela voz e práticas dos seus lídimos representantes, resolveu num abraço aconchegante lavar os relvados com o detergente das suas línguas viperinas, passajando de seguida a relva ainda mal dormida que de restos só as camisolas a precisarem de melhor sorte. E vestido de cadeiras aladas poderemos ainda propagandear um novo grande feito do "aqui nasceu portugal" assim, com p minúsculo de pequeninos. E por falar em p, eis a solução: jogadores de lego treinados por tijolos e dirigidos por betão armado... que dez são os novos mandamentos. E que acolhem muitos fiéis.

Elucubrários:

terça-feira, fevereiro 03, 2004

Derrisão 

versão 476a - série "artes")

"A vida é maravilhosa, mas é preciso uma pessoa saber desprender-se de tudo o que desgraçadamente dá felicidade aos imbecis"


Mendigos e Altivos (Mendiants et Orgueilleux), publicado pela primeira vez em 1955 e tido como a obra-prima de Albert Cossery, foi já objecto de três adaptações: duas ao cinema (em 1971 por Jacques Poitrenaud e em 1991 por Asma El Bakri) e uma em banda desenhada (Golo Nadaud, Guy - publicado na Casterman em 1991).

Albert Cossery (Cairo -1913) é um profeta do prazer e da preguiça. Desde 1951 - chegou a Paris em 1945 -, que habita o mesmo quarto do hotel La Louisiane situado no coração de Saint-Germain-des-Prés. As suas personagens, quase sempre oriundas das camadas socialmente marginais do Cairo, são apesar disso solares - a ausência de esperança é nelas o contrário do desespero. Mendigos e Altivos, por intermédio da personagem central, Gohar, ex-professor universitário de Literatura e Filosofia, mendigo por decisão própria, conduz-nos a uma visão do mundo civilizado, enquanto inutilidade orgânica, num explosivo cocktail de escárnio e reflexão.

Bibliografia:
Em quase 60 anos de carreira literária publicou 8 obras, já traduzidas e publicadas em Portugal pela Antígona:

MENDIGOS E ALTIVOS - Mendiants et orgueilleux (1955);
MANDRIÕES NO VALE FÉRTIL - Les fainéants dans la vallée fertile (1948);
A VIOLÊNCIA E O ESCÁRNIO - La violence et la dérision (1964);
AS CORES DA INFÂMIA - Les couleurs de l'infamie (1999);
A CASA DA MORTE CERTA - La maison de la mort certaine (1944);
UMA CONJURA DE SALTIMBANCOS - Un complot de saltimbanques (1975);
OS HOMENS ESQUECIDOS DE DEUS - Les hommes oubliés de Dieu (1941);
UMA AMBIÇÃO NO DESERTO - Une ambition dans le désert (1984).

Assinale-se, ainda, um livro de Michel Mitrani:
CONVERSAS COM COSSERY - Conversation avec Albert Cossery par Michel Mitrani (1995).

Elucubrários:

domingo, fevereiro 01, 2004

Enfartamentos 

(versão 472f - série "vícios")

Arroto número 6: tarte de mousse de banana
(indicada para desengripar carências)


Elucubrários:

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