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domingo, setembro 26, 2004

Festival Indie


(versão 992a - série "vícios")

O Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa - IndieLisboa 2004 - é um local privilegiado para a descoberta de novos autores e tendências do cinema mundial. Neste 1.º Festival dar-se-á especial atenção a obras e cinematografias com menor visibilidade no mercado de distribuição comercial português. A programação desdobra-se em 3 grandes secções:
- uma Competição Oficial (longas e curtas metragens de novos realizadores nunca antes apresentados publicamente em Portugal e posteriores a 2003);
- uma Retrospectiva denominada Herói Independente (que homenageia o Festival de Cinema de Sundance, o mais antigo e importante certame independente americano);
- um Observatório (que apresentará obras essenciais do cinema independente contemporâneo).

Serão apresentados no total, até ao próximo dia 2 de Outubro, 79 filmes (50 curtas metragens e 29 longas: de ficção, de animação, documentários ou filmes experimentais). 30 destes filmes vão estar em competição. Todas as sessões terão lugar no Cinema São Jorge. Apesar da crónica macrocefalia lusa, o Festival tem já previstas extensões a Faro e às Caldas da Rainha... o que se saúda. Pena não chegar cá mais acima, ao norte...
Que seja o 1.º de muitos.

Elucubrários:

quarta-feira, setembro 22, 2004

TEMPS D'IMAGES


(versão 984a - série "vícios")
TEMPS D'IMAGES é um festival temático, experimental e transdisciplinar que privilegia eventos que cruzem as artes do palco com as da imagem, lançado pelo canal de televisão francês ARTE e pelo centro de arte contemporânea La Ferme du Buisson.
Dando continuidade à presença do TEMPS D'IMAGES em Portugal, convidaram-se criadores de diferentes áreas a apresentar projectos que, da dança ao teatro, dos estaleiros criativos ao cinema e instalação ilustrem a riqueza de um território a explorar.
O festival vai ocupar em Lisboa, de 23 de Setembro a 4 de Outubro, espaços como o Centro Cultural de Belém, o Museu do Chiado, a Cinemateca, o Instituto Franco-Português e o Teatro Nacional D. Maria II e terá extensões a Santa Maria da Feira e Faro.
As propostas dos criadores participantes, de diversas nacionalidades, incluem espectáculos, instalações, estaleiros e projecções de filmes e documentários.

Extensão a Santa Maria da Feira (24 de Setembro a 10 de Outubro):

Extensão a Faro (13 a 20 Novembro)

(textos replagiados porque não se ficaram pelo site do evento nem pela notícia vinda a Público)
Elucubrários:

quinta-feira, setembro 16, 2004

Recordações da Casa Amarela


(versão 967a - série "vícios")

Título original: Recordações da Casa Amarela (Portugal, 1989, Cor)
Realização e Argumento de João César Monteiro
Interpretação: João César Monteiro (João de Deus), Manuela de Freitas (Dona Violeta), Ruy Furtado (Sr Armando), Teresa Calado (Menina Julieta), Henrique Viana (Polícia Graduado), Luis Miguel Cintra (Lívio), Duarte de Almeida (Ferdinando), António Terrinha (Médico), Sabina Sacchi (Mimi - voz de Inês de Medeiros)
Fotografia: José António Loureiro
Música: Schubert e Vivaldi
Duração: 122 minutos

Recordações da Casa Amarela foi o filme que trouxe o prestígio internacional a João César Monteiro (1939 - 2003), ao conquistar o Leão de Prata no Festival de Veneza desse mesmo ano.
O filme deu também a conhecer o personagem João de Deus, um alter-ego patético do realizador, que se tornou no mais rebuscado protagonista das suas comédias. Esta personagem central, seria retomada em A Comédia de Deus (1996) e As Bodas de Deus (1999).

Sinopse
A história é precisamente a de João de Deus.
João de Deus vivia num quarto de uma pensão barata e familiar na zona velha e ribeirinha de Lisboa. Um dia, na sequência de um pequeno problema, João de Deus é posto na rua. Atormentado pela doença, e por vicissitudes de ordem vária, o idiota, que se alimenta de Schubert e, quiçá, de uma vaga cinéfila como forma de resistência à miséria, é posto no olho da rua, após atentar ordinariamente contra o pudor da filha da dona da pensão.
Sozinho, e privado de quaisquer recursos, vê-se confrontado com a dureza do espaço urbano, e é internado num hospício, de onde sairá por ponderada decisão de homem livre, para cumprir uma missão "rica e estranha" que lhe é indicada por um velho amigo, doente mental como ele: "Vai, e dá-lhes trabalho!".

E o trabalho que deu e continuará a dar o tão sempre controverso realizador que este país não mereceu, nem merece... provavelmente nunca merecerá.

Elucubrários:

domingo, setembro 12, 2004

VENEZIA 61


(versão 953a - série "vícios")
Prémios oficiais da 61.ª edição do Festival de Cinema de Veneza:

Leão de Ouro: Vera Drake do realizador britânico Mike Leigh


Leão de Prata (Grande Prémio do Júri): Mar Adentro do espanhol Alejandro Aménabar
Taça Volpi para melhor interpretação masculina: Javier Bardem (Mar Adentro)


Leão de Prata (Prémio Especial para Melhor Realizador): Bin Jip (Casa vazia) do sul-coreano Kim Ki-Duk


Taça Volpi para melhor interpretação feminina: Imelda Staunton (Vera Drake)


Leão de Ouro para Manoel de Oliveira - homenageado pela sua carreira e contributo para o cinema

Elucubrários:

domingo, setembro 05, 2004

Fay Wray - namorada de King Kong


(versão 936a - série "vícios")
Morreu Fay Wray, a eterna donzela em perigo... a rainha do grito.

Fay Wray, a heroína loura que grita de terror nas mãos de um primata gigante no clássico de 1933, King Kong, (realizado por Merian Cooper), morreu no passado dia 8 de Agosto. A actriz de origem canadiana faleceu aos 96 anos na sua casa em Nova Iorque.

A partir dos 16 anos (1923) - começou a fazer rádio e a aparecer nalgumas curtas-metragens mudas. Pouco depois, desempenhou o papel da heroína virginal e tímida em vários westerns menos conhecidos. Fez um contrato de 60 dólares por semana com o produtor Hal Roach (dos filmes do Bucha & Estica). Fay Wray alcança a fama quando o realizador Erich Von Stroheim oferece-lhe o papel principal - duma pobre rapariga vianense abandonada pelo seu amado, um príncipe playboy - no clássico do cinema mudo A Marcha Nupcial.

Nos cerca de 100 filmes em que participou, a artista teve a oportunidade de contracenar com grandes nomes do cinema como Gary Cooper, Frederich March, Clive Brook, William Powell, Wallace Beery, George Raf, Ronald Colman, Jack Holt, Richard Arlen e Spencer Tracy.
Mas foi como Ann Darrow, a donzela raptada por King Kong, que a sua imagem se perpetua no grande ecrã. Na altura, Fay afirmou não ter pensado que o "King Kong e eu estaríamos juntos para o resto da vida". Nesse filme, ela interpretava uma actriz desempregada que aceita um emprego numa companhia cinematográfica que vai fazer filmagens para uma ilha misteriosa, na qual está o gigante gorila. Quando ele é descoberto, sente-se atraído pela actriz e rapta-a; é posteriormente capturado e levado para ser exibido em Nova Iorque. Ele consegue libertar-se e encontra Ann Darrow, protoganizando um épico final no topo do Empire State Building.

Se esse filme lhe garantiu a imortalidade na história do cinema, também lhe obscureceu o restante trabalho que desenvolveu. A sua carreira toma a direcção do fantástico, com participações nalguns filmes de terror. A especialização no género não a leva, contudo, ao estrelato e Wray ficou confinada às pequenas produções, com muita dificuldade em ser contratada para filmes mais prestigiantes.

Por concretizar fica a intenção de Peter Jackson de persuadir Fay Wray a aparecer na nova versão de «King Kong», que o realizador está a preparar para 2005 com Naomi Watts.
Na edição de Abril este ano da revista de cinema britânica Empire, King Kong foi eleito o filme de monstros mais assustador de todos os tempos. No top 100 da The American Film Institute's é considerado o 43.º melhor filme...

Elucubrários:

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