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sábado, março 27, 2004

Em Portugal teatro

(versão 593a - série "iliterato")
Neste país e não noutro qualquer é normal que as pontes caiam. Por isso mesmo não consigo perceber porque é que se demorou tanto tempo a chegar à única conclusão possível: que o colapso da ponte Hintze Ribeiro deveu-se única e exclusivamente a causas naturais. É natural que assim seja neste país de actores.
Nos palcos teatraleiros que ainda assim abundam - chamam-lhes tribunais - um actor há, o principal, que depois de bem estudado o papel que lhe coubera em sorte proclama: "a função da Justiça não é arranjar culpados".
Claro que não! Arregimente-se a dor dos inocentes imprecavidos e processai-os... Quem os mandou utilizar a ponte?
E no banco dos réus terá assento vitalício "a permanência das cheias [já que esta] foi a única causa directa no colapso da ponte".
Teme-se já a sublevação popular a mais as milhentas milícias que procurarão fazer justiça com as suas próprias mãos. Todos em busca da próxima cheia...


Bartoon por Luís Afonso (Jornal Público de 28/03/2004)
# desabortado por Anjo élico às 5:01 da tarde
Elucubrários:

Enfartamentos

(versão 590l - série "vícios")

Arroto número 13: Semi frio de bolacha

# desabortado por Anjo élico às 12:16 da manhã
Elucubrários:

sexta-feira, março 19, 2004

Testemunhos dum nada

(versão 568a - série "vícios")

# desabortado por Anjo élico às 11:56 da tarde
Elucubrários:

sábado, março 13, 2004

Incontidas vontades


(versão 548a - série "vícios")
Neste repositório cabem as incontidas vontades do luso contemporâneo. Desde o mais bem vestidinho ministro que já foi... ao deputado que ainda se mostra assim para as empregadas domésticas, ao punho bem apertado que a voz de comando lhe dá a razão para manter ao alto o braço de unidos venceremos... o quê?
Ao desvalido, ao que crisma o passeio com os resquícios do seu catarro crónico, ao condutor do BM que defenestra a porcaria que não cabe perto de si, aos todos que se identificam com muitas causas em prol do próximo, aos todos e a mim... que travestido me faço homem de encontro a uma qualquer esquina fedorenta: Sim!
Sou português!


# desabortado por Anjo élico às 1:27 da tarde
Elucubrários:

sexta-feira, março 05, 2004

Clitóris ou, melhor dizendo, clitóride

(versão 529a - série "iliterato")
Ela:
Clitóris é um substantivo masculino, logo inapropriado!
Aconselhável será mesmo usar uma outra forma: clitóride (substantivo feminino). E o que é a clitóride? É uma excrescência carnuda e eréctil, órgão ímpar e mediano, homólogo do pénis do homem, e situado na parte anterior e superior da vulva.
Eles:
E tudo isto a que despropósito? É que a Comissão de Assuntos Constitucionais não sabe se a clitóride é ou não um importante órgão. Nem sequer sabe se é um órgão ou um membro?!
(parece que existe um qualquer vazio no código penal no que à pratica da mutilação genital feminina se refere)
O problema reside mesmo na função e lá vem outra vez a eterna luta entre o prazer sexual e o dever reprodutor...
Ele:
Pensem na mutilação genital masculina, esse grande órgão pensante dono do mundo.
Eu:
Pensáveis vós minha rica pombinha que por o terdes poderíeis tê-lo? E assim dos céus congeminando dissabores…de sabores.
Tendo assim nascido porque então assim permanecer?

# desabortado por Anjo élico às 11:15 da tarde
Elucubrários:

terça-feira, março 02, 2004

Enfartamentos

(versão 521j - série "vícios")

Arroto número 10: tarte de queijo e framboesa
# desabortado por Anjo élico às 1:29 da manhã
Elucubrários:

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