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sábado, setembro 27, 2003

Tradição
(versão 99g - série “vícios”)
E solilóquiava rebuscando no bolso sem perder de vista o copo cheio de esperança tinta... de um só gole. E lá encontrou o telemóvel. Amparado pelo balcão – sempre entretido com a conversa que mantinha consigo próprio – lá conseguiu encontrar o diálogo que a seguir se reproduz:
A – Sou eu, Mário... tás, tás bom!
M - ...
A – É da casa do Mário? Ah! Diga-lhe que é o Alberto, o Sr. Alberto.
M - ...
A – Obrigado! Eu espero [e entre dentes emitia sons que só ele parecia entender, pois respondia-se...].
M - ...
A – Ó! Tás bom Mário? Tava aqui e lembrei-me de te ligar... para convidar-te....
M - ...
A – Amanhã, às 5 horas, 5 e meia. Aqui. Às seis! E o teu Seat?
M - ...
A – O teu carro? O Seat? E lá para as 7 horas, 7 e meia e depois davas-me boleia.
M - ...
A – Tá combinado! Então lá para as seis ou sete...
M - ...
A – E se tiver dinheiro pago-te um copo. [e entre dentes convencia-se que tinha que ali estar no dia seguinte às cinco, mais tardar cinco e meia].
Já não tenho saldo... e desligou-se do copo vazio.

Elucubrários:

domingo, setembro 21, 2003

Tradição
(versão 81f - série “vícios”)
A entrega ao domicílio não tinha sido possível. Podia então levantar a encomenda a partir do dia em que dei com a cara na porta que me devolveu a casa. “Não estamos abertos porque fechámos”. Obras de manutenção que o carteiro parece desconhecer... Só tenho que agradecer-lhe o atraso de dois meses com que me confrontei com esta nova realidade.

Elucubrários:

quarta-feira, setembro 17, 2003

A inflamação do K
(versão 77a - série “trabalho”)
"Lusitanidade?" - A kulpa foi do Viriato, k do alto da serrania, num muskulado fulgor, desatou a korrer pelos burgos fora, espalhando a génese da k viria a ser a kasta mais bem sucedida deste kanto, embora rektângular.
Muitos kilometros deve ter feito, sem deskontos, a eito!
Os mais audazes logo trataram de residir o mais perto possível do centro coordenador da diápora kilometrica. Não dados a grandes kontabilidades logo se depararam kom as arqui-inimigas subtracções! E persignando-se repetidas vezes eskonjuraram o malfadado RHK e o sistema métriko vigente. “Põe-te a milhas”, ouvia-se... e armada kom a sua KalKuladora de bolso ainda teve tempo de, ao virar-se na minha direcção, dizer:
“Ka chatice! Lá se vai a prestação do karro...”
(Snifado replagiado dedikado ao komentador Kosmos | 16-09-2003)

Elucubrários:

domingo, setembro 14, 2003

Tradição
(versão 68e - série “vícios”)
Inquérito! Para qualquer mal sempre o mesmo remédio: o inquérito. Inquira-se pois então. E muitos dos lusos expectantes aguardam a publicação dos resultados de todos os inquéritos conduzidos a preceito por forma a salvaguardar a verdade. E os responsáveis são sempre encontrados. Ainda recentemente demos mais uma prova ao mundo de que a nossa mui estimável engenharia nada deve à concorrência. Sim, há países (e até há quem diga que são muitos) em que os automobilistas por muito radical que seja a sua condução não se atiram ao rio do cimo da ponte ou ao invés não deixam que a ponte se atire para cima deles. Não há quem concorra connosco! Claro que há sempre ilações positivas a tirar: os automobilistas envolvidos não foram autuados por estacionamento indevido na via pública.

Elucubrários:

quarta-feira, setembro 03, 2003

Tradição
(versão 57d - série “vícios”)
Está em causa a lusitanidade? Claro que sim! Ao dar-me conta (por interposto e bem vindo comentário à Tradição anterior) que os bravos lusos não só desenporcalham no Atlântico como também nos muitos cursos de água doce por esse país fora... Disse doce? E que bom fora que fossem para fora deste país... até eu!
Um luso sem ser da água da fonte que não se salitre até à medula por forma a conservar-se... impolutamente ibérico (ele há rios que lá resolveram nascer, espertos!) não merece um B.I. amarelecido que lhe outorga nenhuma dúvida sobre a nacionalidade. Nem tão pouco banhar-se nas salmonelas estreptocócicas que são o seu leito estival. Houvera penico suficientemente grande e lá se encontraria.

Elucubrários:

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