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sexta-feira, agosto 29, 2003

Tradição
(versão 54c - série “vícios”)
As mais belas praias são concerteza as nossas. Desmonótonas pelo colorido que a poluição dos banhantes insiste em transportar consigo porque em casa há pouca e está cara… a água… e para todos (porque à vez) é preciso muito tempo. E os que temem o mar traiçoeiro porque lhes devolve a porcaria alheia ou os compensa com alguma areia? Servem-se do cloro das piscinas para se desinfestar.
Das análises que fazem para azular as praias e garantir assim a prosperidade dos nossos mui respeitáveis empreendedores de negócios à beira-mar ignoram-se os banhistas em detrimento do areal e da água que por ser salgada tem vindo a preservar a lusitanidade.

Elucubrários:

domingo, agosto 10, 2003

Alqueva
(versão 49b - série “porque morremos, senhor?”)
Da Nau de NãoÉ e do cruzeiro sob-diluviano realizado não se deram conta todos os que ainda nos interpelam: e porque morremos, senhores?
Depois de tantos e infindáveis atropelos que quase abortavam (salvo seja!) o grande empreendimento de outrora à mão do patriarca, depois da água que não respeita as cotas, do ter que alimentar os verdadeiros seguidores, os imaculados que para a posteridade deixaram-me... e assim escrevo estas barbaridades...
... é que não sou fruto de uma heterossexualidade tipo só embarca macho e fêmea e multiplicai-vos cambada de incestuosos que para a posteridade ficaremos como antepassados.
Nau de NãoÉ quarenta dias mais as noites quisto tem que se lhe diga e só um ano depois!
E subir o Rio Ave a nado? Eternidade a concurso: a deus!
Mas o pior mesmo foi quando descomeçou de chover e afogalhou-se tudo para que se lusitanizasse a Nau de NãoÉ. Cá para mim os incendiários arregimentados pelo voto popular não morreram afogados há muito. Embarcaram clandestinamente.

Elucubrários:

sábado, agosto 02, 2003

Alqueva
(versão 36a - série “vícios”)
Aquele que vá para qualquer lado e que se questione sobre a Nau de NãoÉ e de como se inauguraram os cruzeiros sobre o líquido amniótico do qual parece descendemos não embarcou concerteza nessa Nau.
Numa das árvores submersas encontrou-se o seguinte:

Bilheteira do Museu Vivo
Cruzeiro no Alqueva na Nau de NãoÉ
(Só se vendem bilhetes aos pares a pares)


Se não recorreu à bilheteira do Museu Vivo deverá por certo questionar-se sobre a pertinência da leitura deste relato uterino. Então, se o aquele que vá só recentemente veio - bem sabemos que estas coisas levam o seu tempo - como admitir que existe de facto? Nau de NãoÉ só há uma: aquela que houve!
Lembro-lhe que a organização teve alguns problemas, não só com o cumprimento dos prazos para a construção atempada da Nau, como com toda a logística necessária a tão grande empreendimento. A falsificação de bilhetes, a selecção e a identificação dos pares (naquela tempo o aSIS ainda não tinha nascido), a imposição duma ordem para embarque (o conceito de “fila alentejana” não era tão universal quanto o é nos nossos dias), as burocracias com os vistos, as taxas aduaneiras... um sem fim de atropelos para que aquele que vá, fosse.
Mas o pior mesmo foi quando começou a chover.

Elucubrários:
Tradição
(versão 35b - série “vícios”)
Em casa tudo luz! Conspurque-se o que está para além dela! E não havendo onde colocar o que lhes empecilha, que recipientes não abundam, que maior depósito que o mundo que os abraça?
Se as estradas de que o outro falava são imaculadas é por existirem automobilistas que não se fazendo rogados rebocam a prole para que tapem os seus buracos. E não olham a meios! Desfazem-se de todo o desperdício menos de si próprios... e não percebendo que assim não se fazem notar educam-se nesta azáfama para onde quer que vão. Não sendo difícil seguir-lhes o rasto o melhor será mesmo tentar usá-los para... tapar buracos.

Elucubrários:

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